O desafio desta temporada será ainda maior!
Às vésperas de iniciar as gravações do “The voice Brasil”, que estreia a sua segunda temporada no dia 3 de outubro, os jurados já demonstram certa inquietação por voltarem a ocupar as poltronas giratórias do reality. E isso não é para menos, uma vez que, mais de cem candidatos a ser a maior voz do Brasil passam, literalmente, pelas mãos deles.
— Eu me vejo numa situação difícil. Já passei por muitos júris, tive a honra de ganhar alguns festivais e perdi outros. Você está diante de uma história, de um sonho de vida, enfim, é complicado — conta Daniel.
Para Claudia Leitte, o desafio desta temporada será ainda maior devido ao sucesso de audiência alcançado no ano passado, que deu grande visibilidade aos candidatos.
— Nessa temporada veremos mais profissionais. Vai aumentar a dificuldade, mas a gente pegou a manha — diz a loura, adiantando que avaliará com mais rigor tanto a atuação, quanto o figurino dos participantes.
Como você já conferiu aqui no TV Foco, a atração musical volta à tela da Globo em novo dia e horário. Em vez de ir ao ar nas tardes de domingo, o reality passará a ser exibido às quintas-feiras, logo após a novela “Amor à Vida”, substituindo o seriado “A Grande Família”, que voltará ao ar apenas em 2014.
— Agora será mais chique. Vamos abusar do longo e do terninho — diverte-se Claudia.
Já o apresentador Tiago Leifert faz uma análise mais sóbria sobre a mudança de horário.
— Todas as versões internacionais do “The voice”, até na Ucrânia, são transmitidas no horário nobre. Domingo à tarde também era um horário importante, e a gente sempre fez com o máximo empenho, mas agora o impacto será maior porque vai ter muito mais gente assistindo.
Mais as novidades não param por aí: um octógono — semelhante aos utilizados no UFC — vai substituir o ringue onde aconteciam as batalhas, os competidores terão uma fase surpresa e a interação entre internautas e candidatos passará a ser feita por Miá Mello e não mais Dani Suzuki.
— Eu adoraria cantar, mas garanto que não sou uma candidata em potencial do “The Voice” — brinca Miá, que explica sua função: — Vou acompanhar o dia a dia dos candidatos, apresentar boletins e entrar ao vivo.
Até mesmo a direção geral do programa passou por mudanças: no lugar de Carlos Magalhães, entraram Rodrigo Dourado e Creso Macedo. Entre tantas modificações, o que surpreendeu foi a preservação da bancada de jurados. Ao longo da primeira temporada, houve um burburinho sobre a possível saída de Lulu Santos do time, por desentendimentos com a produção e direção, e o nome de Caetano Veloso, que havia sido convidado para a primeira temporada, voltou a ser cogitado para a poltrona.
— Para mim, a equipe é uma delícia, tem uma química gostosa. Lulu tem uma energia enorme, é sensacional — diz Carlinhos Brown.
A interação funciona tão bem, garante o baiano, que o quarteto está prestes a entrar em estúdio para gravar um álbum em grupo.
— A ideia já existe, as agendas é que ainda não combinaram. Mas não deve demorar muito. A gente faz música no corredor, brinca nos bastidores. A gente esculhamba, é muito bacana.
A segunda temporada do “The voice Brasil” já chega com um grande desafio: alavancar a carreira dos artistas participantes, principalmente a de quem vencer a competição, o que acabou não acontecendo no ano passado. Eleita a grande voz do programa, a brasiliense Ellen Oléria lançou seu primeiro disco recentemente, há dois meses, mas não decolou.
— Do ano passado para cá, só tivemos dois artistas que aconteceram no Brasil: Naldo e Anitta. Em compensação, quantos hits internacionais viraram sucesso por aqui? Isso é um problema grave dentro da quantidade de talento que o público está vendo. O “The voice” vem para mexer com a autoestima da música brasileira — defende Carlinhos Brown, que faz um apelo: — Não adianta o talento ser revelado e depois voltar para o mesmo lugar. Os artistas saem livres do programa. Os produtores e o público precisam investir neles.
Responsável pela apresentação do reality, Tiago Leifert talvez seja o mais ansioso pelo retorno da atração. Afastado da telinha há dez dias para se recuperar de uma cirurgia no joelho — “Vocês vão me ver um pouco mais magro, mas está tudo certo”, garante ele —, o apresentador viu aumentar ainda mais seu desejo de voltar à labuta.
— Não aguento mais esperar. Me prometeram que seria em julho (o retorno do “The voice”)e a gente já está em outubro. Demorou demais! — diz.
O apresentador, que antes de ser convidado para comandar o reality musical era conhecido apenas pelas coberturas esportivas na Rede Globo, explica que a oportunidade caiu como um presente para ele.
— Eu amo esporte, mas amo muito mais a TV. Se algum dia acabarem todos os clubes de futebol do planeta, eu vou continuar na telinha — graceja o rapaz, que acrescenta: — Nunca tinha me imaginado num reality antes, mas foi uma das minhas maiores alegrias poder sair do esporte e apresentar outro tipo de programa na televisão.
Ao pisar pela primeira vez no palco do “The voice Brasil”, no entanto, Tiago logo traçou semelhanças entre a disputa musical e a cobertura esportiva.
— Acho que tem uma grande semelhança na questão da competitividade. A diferença é que, no “Globo esporte”, falo sobre um jogo que aconteceu no dia anterior e já acabou. No “The voice Brasil”, estou no meio do jogo, tendo que saber quando interromper e quando ficar quieto.
Porém, a atuação de Tiago Leifert no comando do reality não será diferente nesta segunda temporada. O apresentador é o responsável por mediar a disputa, ditando o ritmo e o tempo da fala dos jurados. Para Tiago, dessa vez quem vai brilhar na bancada é Claudia Leitte.
— Ano passado ela tinha acabado de ter filho, se emocionava muito. Acho que ela vem diferente nessa temporada.
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