Aos 62 anos, Maria Antonieta de Las Nieves, a eterna Chiquinha do seriado Chaves, continua se apresentando pelo mundo como a personagem. Dona dos direitos autorais desde que travou uma batalha judicial com Roberto Goméz Bolaños, o criador e protagonista do programa, a atriz nega que tenha problemas pessoais com ele, mesmo atribuindo um ataque cardíaco que teve em 2002 ao estresse que sofreu por conta dos inúmeros tribunais que teve que comparecer.
"Infelizmente nossas ideias são muito diferentes", cita ela, que também foi diagnosticada com uma fibromialgia em 2012, uma doença crônica que causa dores fortes em diversos pontos no corpo.
Depois de um período afastada dos palcos, a atriz retorna ao Brasil no mês de novembro para shows em São Paulo e no Rio de Janeiro, nos dias 8 e 10 respectivamente. Caracterizada como a personagem que a tornou mundialmente conhecida, Maria Antonieta ainda preparou uma surpresa para os fãs brasileiros: fará uma coreografia especial de Show das Poderosas, da cantora Anitta.
Confira como foi o bate-papo:
QUEM: Em junho do ano passado, você tinha decidido se aposentar? O que fez retomar a carreira?
Maria Antonieta: Eu havia decidido me aposentar por falta de oportunidades, não queria mendigar por trabalhos. Tudo que fiz até hoje foi bem feito e com muita honestidade, mas estavam me boicotando nas grandes cidades em que eu era famosa. Porém pensei melhor, vi o quanto fazia as pessoas felizes. Então enquanto eu tiver forças, vou interpretar a Chiquinha.
QUEM: Além do Brasil, quais outros países em que a Chiquinha é muito conhecida?
MA: Em muitos países. Além do Brasil o personagem é muito famoso no México, Estados Unidos, Chile, Peru, Bolívia... Posso te dizer que em toda a América Latina.
QUEM: Soube que você foi passar uns dias em Acapulco para relaxar. Curiosamente, um dos episódios de Chaves que mais faz sucesso no Brasil é o "Chaves em Acapulco". Gosta de lá por quê? Curte ir à praia?
MA: Adoro Acapulco, todo o litoral mexicano é muito bonito, as praias são incríveis. Adoro o mar. O "Chaves em Acapulco" é também o meu episódio favorito do seriado, ele passa uma mensagem muito bonita.
QUEM: Tem boas recordações da época em que fez Chaves?
MA: Sim, as melhores lembranças possíveis. Foi uma época muito feliz da minha vida. Sou muito agradecida a Deus. Fiquei muito triste quando soube que não iríamos mais gravar.
QUEM: Por anos, você travou uma batalha com o Bolaños e a rede Televisa sobre os direitos de Chiquinha. Em julho, você comemorou ter ganhado. Foram doze anos de tribunais. Como foi essa fase? O que você sentiu quando lhe informaram sobre a decisão da Justiça?
MA: Foram anos de uma larga batalha, me senti muito aliviada em saber que tudo isso acabou, que a Chiquinha é minha. Agradeço muito a Deus por isso, porém nesses anos eu nunca perdi a fé e sempre tive o apoio da minha família, que para mim, sempre foi o mais importante.
QUEM: Foi uma dificuldade manter a personagem, mesmo após a chegada do desenho animado? Não pensou em desistir dela?
MA: Nunca. A Chiquinha está eternizada.
QUEM: No México, muitos dizem que Bolaños é um homem egoísta. Por que você acha isso (Além de Maria Antonieta, Carlos Villágran, o Kiko, também é brigado com ele)?
MA: Eu gosto muito dele, ainda que muitos não acreditem. Infelizmente as nossas ideias são muito diferentes. Ele é um homem muito influente em todo o mundo.
QUEM: Você é casada há mais de 40 anos com Gabriel Fernandes, que também trabalhou no seriado. Como é a relação de vocês após tantos anos?
MA: Muito boa, somos muito unidos, ele me acompanha em todos os lugares que vou, sempre com a maior boa vontade. Temos uma família muito bonita. Quero passar mais 40 anos ao lado dele.
QUEM: Quando foi diagnosticada com fibromialgia, você afirmou que nunca havia se sentido tão mal. De lá pra cá, como anda a sua recuperação?
MA: Graças a Deus estou bem, me tratando e cuidando muito. Foi uma fase difícil, realmente eu me senti muito mal. Mas agora está tudo bem.
Entrevista da Revista Quem.
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