terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

“Sete vidas” segue a trilha de inovação das 18h

Nova novela das seis estreia em breve na Globo (Foto divulgação)
Nova novela das seis estreia em breve na Globo (Foto divulgação)
Com estreia marcada para 9 de março, “Sete Vidas”, novela de Lícia Manzo e com direção de núcleo de Jayme Monjardim, promete apresentar uma trama densa e reflexiva, não muito comum no horário das 18h.
Da mesma dupla responsável por “A Vida da Gente” (2011-2012), a história traz de volta as discussões familiares e as diferentes formas de relacionamento expostas na primeira novela de Lícia, terceira produção de teledramaturgia mais vendida da Globo, perdendo apenas para “Avenida Brasil” e “Da Cor do Pecado”. Se em “A Vida da Gente” a autora conduziu uma narrativa recheada de ótimos conflitos e densidade psicológica, com “Sete Vidas”, a fórmula é recuperada com uma nova roupagem.
Na trama, cujo clipe de lançamento já está disponível no portal Gshow, Domingos Montagner interpreta Miguel, personagem que terá a vida transformada ao entrar em contato com os filhos gerados por meio de inseminações artificiais. A busca pelo doador gera o encontro dos personagens cuja vida está marcada pelas relações fraternas.
Isabelle Drummond e Jayme Matarazzo, respectivamente Júlia e Pedro, passarão por grandes dificuldades, ao se descobrirem irmãos, por conta de uma paixão arrebatadora que colocará em xeque os seus sentimentos. Ao acenar para uma possível relação incestuosa, “Sete Vidas” arrisca-se no horário, ao trazer uma trama com tantos desdobramentos mais comuns ao horário nobre. Antes prevista para as 23h, a novela foi realocada, desde que se confirmou que Walcyr Carrasco escreverá a história das 23h deste ano, “Verdades Secretas”.
Com a nova novela, a Globo continua sua trilha de inovações no horário das 18h, faixa que tem apresentando grandes experiências, tais como: “Cordel Encantado” (2011); passando pela própria trama de Lícia, “A Vida da Gente”; “Lado a Lado” (2012-2013) e “Joia Rara” (2013-2014), ambas vencedoras do Emmy Internacional; “Meu Pedacinho de Chão” (2014) e mesmo “Boogie Oogie”, que sofre, no ar, pelo excesso de capítulos que desgastou a trama, inicialmente tão dinâmica. Seja pelo investimento em grandes produções, seja pelo caráter histórico ou pelo nível de inovação estética, as novelas das seis são as que mais têm provocado mudanças nas fórmulas narrativas e no tratamento dos temas.
Embora não tenham sido, em sua maioria, grandes sucessos de audiência, por conta da atual fuga de telespectadores, essas tramas trazem prestígio à teledramaturgia brasileira, ao evidenciarem que qualidade e números de audiência nem sempre caminham juntos.

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