segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Com mais tempo em exibição, novelas sofrem com a repetição de fatos


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Aí entra em cena a famosa “barriga”
A vida de quem escreve novela realmente não é fácil. Os autores precisam espalhar a ação por mais de uma centena de noites. É por esse motivo, que às vezes a história avança muito pouco a cada capítulo e assim surgem as “barrigas” que acabam sendo um mal inevitável. Você pode observar isto em “Sangue Bom”, que está em sua reta final e anda imperdível. Na semana passada, a coisa estava animada. Malu (Fernanda Vasconcellos) e Maurício (Jayme Matarazzo) acabaram descobrindo toda a armação de Amora (Sophie Charlotte).
Ela nunca esteve grávida e forjou um aborto subornando um médico picareta. Sua internação no hospital, portanto, é teatro. A dupla do bem, ao perceber a farsa, foi direto à casa do tal médico dar uma prensa nele. O sujeito admitiu tudo sem saber que estava sendo gravado por Malu. Todos esses acontecimentos foram ao ar em um único dia e ainda com direito a cenas reprisadas no capítulo seguinte. Deste ponto em diante, o que dominou foi a narrativa reiterativa. Todas as cenas seguintes foram envolvendo esse imbróglio e serviram para recontar os acontecimentos. Irene (Deborah Evelyn) e Plínio (Herson Capri) souberam. Depois de conversarem sobre o que houve foram recontando para os outros e assim foi.
A repetição não é uma exclusiva de “Sangue Bom” e sim uma característica de gênero. As tramas, longas demais, deixam qualquer autor com um tanto de cansaço.
O motivo dessa longa duração das novelas está em na relação dos custos para a sua produção com o retorno publicitário que faz com que, para valer a pena, elas precisem ser exibidas durante meses.
Quem assistir ao canal Viva no horário de “Água Viva” vai constatar que as histórias hoje correm mais rápidas que as de épocas passadas. Ou seja, já houve uma adaptação a um público que quer ação. Contudo, há limites.

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