DANIEL ORTIZ E SILVIO DE ABREU (FOTO: FABIO SEIXO)
Em doses homeopáticas. É assim que Daniel Ortiz — autor que assina sua primeira novela na Globo — e Silvio de Abreu, supervisor de texto, vão revelar o enredo de “Alto astral”. Prevista para estrear em novembro na faixa das 19h da Globo, a produção terá a ação inicial centrada na história dos protagonistas, um triângulo amoroso que envolve os personagens de Sergio Guizé e Thiago Lacerda, irmãos, e a mocinha, vivida por Nathalia Dill. As tramas paralelas virão nos capítulos seguintes, assim como os cerca de 40 personagens. O de Totia Meirelles, por exemplo, só entra no 40º. O de Maitê Proença, no 60º.
— Não quisemos embolar as tramas. O objetivo principal é reconquistar esse público de novela que hoje está disperso e os índices de audiência são a prova disso. Não quero menosprezar os jovens, que estão ligados na internet, mas também me interesso por aquele espectador tradicional — diz Silvio, que acaba de assumir o fórum de teledramaturgia da TV Globo.
O supervisor veterano entra com a voz da experiência. Estreante, Daniel afirma que esse respaldo fornece segurança:
— Ter Silvio ao meu lado me tranquiliza enquanto permite que eu crie.
“Alto astral” correrá entre a comédia e o mistério. Muitos dos personagens já morreram, mas ainda se comunicam com os vivos. Eles conviverão normalmente. Tudo num tom realista e com “o maior respeito ao espiritismo”, destaca Silvio.
— Todos usarão as roupas da época em que morreram — conta Daniel.
Inicialmente prevista para ir ao ar em 2011, a novela teve que esperar para ser produzida. Primeiro porque “Escrito nas estrelas”, sobre espiritismo, estava no ar. Depois, por causa de “Amor à vida”, que também se passava num hospital.
Ao retomar a sinopse, Daniel aproveitou algumas cenas deixadas por Andréia Maltarolli — dona da ideia original e falecida em 2008 — e depois desenvolveu tramas paralelas. Formado em relações internacionais, ele decidiu fazer um curso de roteiro em Los Angeles depois de ter trabalhado na Anistia Internacional, em Londres; na ONU, na Dinamarca; e na Unesco, na África. Ao se formar, escreveu novelas no Peru, no México e na TV árabe. Agora, estreia como autor em seu país.
— Essa renovação de autores é imprescindível — encerra Silvio.
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