Mesmo quando esquece parte da letra, como aconteceu em "Marambaia" (de Henricão e Rubens Campos), Bethânia não perde o domínio do palco e da plateia.
Entremeado à letra de Pinheiro, ela intercala um texto de sua autoria. A intervenção da cantora está registrada em "Oásis de Bethânia" -pela primeira vez, ela gravou em estúdio um de seus textos, marca registrada dos shows da cantora.
As interpretações da cantora contam com a sólida base musical de uma banda regida pelo maestro, pianista e compositor Wagner Tiso. Apesar de já terem gravado juntos, é a primeira vez que os dois se apresentam ao vivo em um palco.
Durante o intervalo entre os dois blocos do show, Tiso e os seis músicos sob seu comando têm a oportunidade de exibir sua qualidade ao tocar um set de músicas de Milton Nascimento. Fica a vontade de assistir uma apresentação solo do grupo.
Tão simples que chega a surpreender. Um senão, que pode ser resolvido pelos responsáveis pelo Vivo Rio, onde aconteceu o show, e também em outras casas de espetáculo nas quais garçons circulam entre as mesas.
Se o público não pode fazer pedidos durante o show -o que é muito justo- por que não instituir também a cobrança antes do início da apresentação? Nada pior do que perder Bethânia cantando "Velho Francisco", de Chico Buarque, porque a garçonete se agachou ao seu lado com uma lanterna acessa apontando para a conta.
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