sábado, 24 de novembro de 2012

CRÍTICA: Suzana Faini faz crescer um pequeno papel em novela



Uma grande atriz num papel menor pode destacar-se mesmo se cercada de outros grandes talentos. Foi o que aconteceu com Suzana Faini em “A favorita”, de João Emanuel Carneiro. Ela era uma dona de casa frustrada e amarga, casada com o personagem de Tarcísio Meira e ciente do fato que o coração dele, a vida toda, tinha sido de outra mulher. Na família deles, estavam ainda Lilia Cabral e Gisele Fróes, ou seja, um núcleo de escalação poderosa. Suzana não liderava a trama central ali, que girava muito em torno da personagem de Lilia, tiranizada por um marido violento. Mesmo assim, ela brilhou. Tanto que a novela é de 2008 e sua Iolanda continua viva na memória do público.
Se em “A favorita” ela era “a preterida”, agora, em “Salve Jorge”, acontece algo parecido. A atriz recebeu um papel lateral, embora estratégico, pois é a mãe do mocinho, Théo (Rodrigo Lombardi). É, como Iolanda, alguém para quem só resta o segundo lugar na vida de quem ela mais ama, neste caso, o filho. Por isso, pelo menos até esta altura da história, ela precisa engolir Morena (Nanda Costa) como nora e o filho dela, como “neto”. Ela obedece, mas contrariada.
Os embates entre as duas foram os melhores momentos da novela esta semana. Lombardi não faz diferença na situação de tensão por dois motivos: primeiro porque ele está muito careteiro e empostado, ainda precisa acertar o tom de seu personagem. Segundo, graças à ingenuidade excessiva do militar, que nem nota o que acontece dentro de casa.
Se é que Gloria Perez está medindo a temperatura junto ao público dos inúmeros núcleos da novela para decidir em qual investir, tomara que não deixe Áurea de fora. Mesmo nas cenas menores com Rosi Campos, outra grande atriz, ela já ganhou seu lugar.

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