segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Eriberto sobre o filho: "Estou criando um parceiro. João já é meu melhor amigo"


Eriberto Leão e o filho João, golpeando o pai de brincadeira (Foto: Leo Martins)ERIBERTO LEÃO E O FILHO JOÃO, GOLPEANDO O PAI DE BRINCADEIRA (FOTO: LEO MARTINS)
A luvinha de boxe azul trazida pela mãe, Andrea Leal, é a senha para que João, que completará 2 anos em fevereiro, comece desferir soquinhos no pai, Eriberto Leão. O ator se abaixa até ficar da altura do menino, os dois percorrem as etapas de uma luta de verdade até o final apoteótico, quando se jogam no chão, fingindo exaustão. A brincadeira foi trazida ao universo particular dos dois por Ulisses, o lutador de MMA que Eriberto interpreta na novela das 19h, “Guerra dos sexos”, cuja preparação incluiu aulas de boxe, muay thai e jiu-jitsu desde janeiro. Eriberto e Andrea não são do tipo que terceirizam a paternidade: abriram mão da babá até que João entre na escolinha.
- Mostro a ele a diferença entre violência e esporte. Ele sabe que só pode lutar quando está com luva e com quem também estiver. E só com o papai. Com a mamãe ele não faz isso. Ele é a cara da mãe, mas tem meu jeito. Tem um quê da família do meu pai.
Eriberto perdeu o pai, o empresário Eriberto Monteiro, aos 66 anos, em abril do ano passado, quando João era recém-nascido e o ator vivia  Pedro em “Insensato coração”, seu primeiro protagonista no horário nobre.
-  É um amor muito grande. O mais bacana é saber que estou criando um companheiro, um parceiro. Ele já me imita muito. João já é meu melhor amigo. Provavelmente vai gostar do que eu gosto e vai ser melhor do que eu nessas coisas.
Eriberto, que está em cartaz nos cinemas na comédia “De pernas pro ar 2”, com Ingrid Guimarães, terá um 2013 cheio. Será um dos protagonistas de "Era, o governo invisível", o primeiro longa de ficção científica do Brasil, vai montar uma peça de sua autoria sobre Jim Morrison (vocalista do The Doors) e estará em "Os amantes", peça de Marcelo Serrado com Malvino Salvador. Por enquanto, ainda aproveita a boa maré que Ulisses lhe trouxe.
- Foi ótimo ter entrado nesse mundo da luta. Estou treinando mesmo com a tala (Eriberto machucou a mão numa cena em que socava uma árvore) e vou continuar. Isso me deu um gás, me devolveu uma visão de mundo que estava guardada depois da perda do meu pai, um momento em que a vida quase perdeu o sentido. Ulisses me tirou totalmente dessa fase. Meu pai era muito fã de boxe. O personagem trouxe à tona tudo o que ele tinha me passado.
Ulisses, conta ele, vai amadurecer durante a trama de Silvio de Abreu. Na trama, ele é apaixonado por Carolina (Bianca Bin), mas irá se envolver com Vânia (Luana Piovani).
- Ele vai aprendendo com as porradas que a vida vai dando nele. Não é um cara que fica para baixo. Ele terá uma ascensão. É um campeão. Vai dar a volta por cima sentimentalmente e emocionalmente quando muda o foco afetivo.Vai se envolver com Vânia e com várias mulheres. Tem muita testosterona.
No espectro que vai do machão ao metrossxual, Eriberto se coloca como "homem-homem".
- Não sou nem para lá nem para cá. Tenho a dose certa de feminilidade e masculinidade. Do feminino tenho a sensibilidade, a admiração pela delicadeza. 

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