TAINÁ MÜLLER, A MARINA DE 'EM FAMÍLIA' (FOTO: CYNTHIA SALLES/ TV GLOBO)
O triângulo envolvendo Marina (Tainá Müller), Clara (Giovanna Antonelli) e Cadu (Reynaldo Gianecchini) movimenta as redes sociais. A intérprete da fotógrafa, porém, evita tomar partido e diz que a discussão sobre os rumos da história cabe aos telespectadores:
- Certamente a Marina não acredita estar destruindo uma família, pois ela e Clara duas pessoas adultas com total poder de decisão. Sob a perspectiva dela, é natural a pessoa apaixonada cortejar quando se sente correspondida. Claro que o ponto de vista do Cadu é outro, mas é justamente isso que move qualquer história: o conflito. Sem conflito não há drama. Quanto a mim, deixo para o público o debate dos valores da personagem.
Tainá acredita que Marina "está verdadeiramente apaixonada, talvez de uma forma inédita em sua vida", ao contrário do que Vanessa (Maria Eduarda) insiste em dizer. Sobre os relacionamentos homossexuais, a atriz afirma que o país ainda tem muito a evoluir quando o assunto é igualdade e inclusão social:
- Mas quero acreditar que, com o estreitamento dos laços sociais através do mundo virtual, a tendência é de cada vez mais tolerância com a diversidade.
Tainá conta também que não tem ouvido comentários preconceituosos do público:
- Isso foi algo que me surpreendeu. Achei que a polaridade gerada pelo assunto poderia chegar mais até mim. Mas tenho recebido muito carinho e respeito, tanto nas redes sociais quanto nas ruas. Acredito que nessa história nunca se pretendeu a unanimidade. Não podemos esquecer que o incômodo tem o seu valor, simplesmente porque faz pensar. A vida é cheia de contradições e dilemas éticos, e a função da ficção é emoldurá-los, colocá-los em exposição. Só a partir da elaboração desses conflitos é que nos transformamos. E, mesmo com a resistência dos mais conservadores, a sociedade está em constante transformação.
- Isso foi algo que me surpreendeu. Achei que a polaridade gerada pelo assunto poderia chegar mais até mim. Mas tenho recebido muito carinho e respeito, tanto nas redes sociais quanto nas ruas. Acredito que nessa história nunca se pretendeu a unanimidade. Não podemos esquecer que o incômodo tem o seu valor, simplesmente porque faz pensar. A vida é cheia de contradições e dilemas éticos, e a função da ficção é emoldurá-los, colocá-los em exposição. Só a partir da elaboração desses conflitos é que nos transformamos. E, mesmo com a resistência dos mais conservadores, a sociedade está em constante transformação.
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