Letícia Sabatella anda cantando à toa. Envolvida com música desde a barriga da mãe, a atriz de 41 anos incorporou uma diva em ensaio exclusivo para o EXTRA. Só não se deixe enganar com tamanha elegância. Empolgada com sua personagem Verônica, de “Sangue bom”, ela vai soltar a voz sob o codinome Palmira Valente no capítulo de segunda-feira, numa bela interpretação de “Fadas”, de Luiz Melodia. Mas não vê mesmo a hora é de cantar um funk daqueles na novela.
- Foi uma delícia gravar cantando! Aprendi (a música) ouvindo a Elza (Soares) e o próprio Luiz. Mas acho que tiraria uma onda boa cantando funk. Adorei essa história de ter funk, as mulheres-fruta. Dá para se divertir - empolga-se a atriz, cantarolando “Solteirinha da pompeia”, hit da Mulher-Mangaba, personagem de Ellen Rocche na trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari.
Essa não foi a primeira vez que Letícia subiu num palco. Desde cedo, a mineira de fala mansa criada em Curitiba encara o microfone Brasil afora e explica que essa relação vem de berço.
- A paixão pela música veio da minha avó Cotinha e de minha mãe também, que sempre cantavam comigo quando estavam trabalhando, nos passeios. Minha mãe canta muito e tem um repertório rico. Meu pai toca piano. O quintal da casa da minha avó paterna, Jacyra, é o Teatro Guaíra, de Curitiba, que eu frequento desde os meus 4 anos de idade. Comecei no balé ali dentro, aos 8 anos, fiz teatro, participei do Coral Sinfônico do Paraná. Depois de vir para o Rio, continuei flertando com a música em meus trabalhos, como em “Hoje é dia de Maria”, e cantando no palco com alguns amigos - resume.
A atriz, aliás, prepara um espetáculo musical com composições suas e de colegas.
- Tenho muitas ideias musicais que quero desenvolver. Sinto necessidade de trabalhar isto. A música me cobra, vem em sonhos, vem no dia a dia. Adoro cantar, interpretar o que componho - acrescenta Letícia, que escuta de ritmos indígenas a samba: - Ouço música de todas as maneiras, na floresta, no trânsito, gosto de música clássica, indígena, rock, punk, escuto até o barulho de golfinhos...
Na medida
Autores da história, Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari fariam até coro para a atriz, de tão felizes que estão com sua performance.
- A Letícia foi nossa primeira opção para o papel. Mas curiosamente, só depois é que nós fomos descobrir que ela cantava, e lindamente - explica Maria Adelaide, que adianta o repertório de Palmira: - É música pop, às vezes flertando com o rock. E o texto sugere algumas canções que têm a ver com o que Verônica está vivendo, caso de “Será”, do Legião Urbana, e de “Velha e louca”, da Mallu Magalhães.
Diretor do folhetim, Dennis Carvalho derrete-se:
- Ela é uma extraterrestre, não está entre nós.
Na trama, a veia artística de Palmira Valente aflora no instante em que Verônica pega seu marido, Natan (Bruno Garcia), com Bárbara Ellen (Giulia Gam). Casada na vida real com o ator Fernando Alves Pinto e “muito feliz”, Letícia é direta ao falar da atitude de seu marido na ficção.
- Acho o que ele fez uma imaturidade.
Realizada e cada vez mais exuberante, Letícia só ousa dizer que deve perder uns três quilinhos. Mas não entra na neura dos procedimentos estéticos tão em moda por aí.
- Quero emagrecer, mas sem pressa. Me cuido equilibrando minha alimentação. Mas não penso em plástica ou botox - garante.
E será que precisa?
***
Agradecimentos: Sesc Tijuca e Mundo Teatral
Nenhum comentário:
Postar um comentário