William Bonner é um dos rostos mais conhecidos do telejornalismo brasileiro por ancorar o noticiário de maior audiência da TV Globo, o “Jornal Nacional”. Mesmo assim, o jornalista é de uma timidez incrível e só se solta um pouco quando está nas redes sociais, ferramenta que, inclusive, ele tem usado também para tentar alavancar a audiência do programa que já foi bem melhor em outros tempos.
Em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, William comentou que não sai mais de casa de um jeito mais despojado, saindo sempre bastante arrumado por causa dos paparazzi: “Não tenho muita paciência com os paparazzi. Isso sempre existiu. A questão é que, com a internet, isso tudo ficou muito rápido. Eu não almejo a fama. Eu queria fazer o meu trabalho. E a fama acabou acontecendo. O preço é esse. Não posso mais andar na rua como eu andava há alguns anos, todo esculachado. Eu agora saio de casa pronto para sair em uma foto (risos). É do jogo”.
Bonner também comentou sobre sua participação ativa nas redes sociais, onde é chamado de “tio” pelos seus seguidores. O jornalista diz que é 100% verdadeiro no Twitter, por exemplo: “Durante os últimos quatro ou cinco anos, me diverti muito nas redes, mas não tinha a ver com o que faço no JN. E as pessoas diziam: ‘Ah, nem parece aquele cara sério’. Eu não sou um louco, sou uma pessoa normal, como todos, e não tenho o mesmo comportamento em todas as situações. No fim do ano eu disse: ‘Quero fazer chamadas do JN pelo meu celular para a internet’. Não inventei nada. O vídeo que eu faço com meu braço treme. E eu quero que seja assim porque o braço da gente treme. Nada de pau de selfie! (risos). Ninguém até agora reclamou. Padrão Globo de qualidade na TV tem que existir, mas na web a gente inventa. Só tenho recebido elogios. Gosto muito dessa troca com o público. São eles os grandes responsáveis pelo nosso sucesso. Gosto de ser chamado de ‘tio’ pelos internautas. Acho engraçado”.
Sobre as mudanças envolvendo a bancada do noticiário, o jornalista avaliou seu trabalho em meio as novidades. “O Jornal Nacional atingiu um grau de maturidade altíssimo. A Copa do Mundo e as eleições aconteceram em um período em que as redes sociais estão em alta. Em relação às eleições, os partidos políticos se apoderaram delas com insultos a outros partidos e aos profissionais da imprensa que estavam ali apenas desempenhando seu trabalho. Fomos atacados! Esse foi o ponto negativo em um ano que teve muitos pontos positivos. Tivemos um ano de muito trabalho, que foi importantíssimo para o país, com coberturas sobre corrupção. O ano de 2014 vai ficar marcado. O Brasil ficou dividido. Não podemos negar isso. Neste ano teremos muitas mudanças no JN. O telejornal é mutável! Outra coisa: ninguém é mais importante do que o JN. Ele é grande. Todo mundo está ali de passagem.”
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