domingo, 14 de dezembro de 2014

Globo é acusada de mostrar apenas o ‘‘lado pobre’’ do Nordeste e de ridicularizar os nordestinos

(Foto: Reprodução)
Não é de hoje que a Globo é acusada de praticar xenofobismo contra a região Nordeste, porém, os comentários intensificaram-se, principalmente, com a exibição de ‘‘Império’’.
Atualmente, o Nordeste é a região que mais cresce no país. A antiga migração que acontecia dessa região para o Sudeste já é coisa do passado! Os nordestinos, que se encontram em outros lugares do país, estão retornando ao seu local de origem, aliás, houve um crescimento significativo na migração de pessoas de demais regiões para o Nordeste, em busca de trabalho nas grandes empresas que ali se instalam.
Os principais centros econômicos do Nordeste não só concentram vários endereços de luxo, e sim, uma ótima qualidade de vida. A fome e a pobreza, existente no passado, está se extinguido, porém, parece que a Globo ainda não enxergou isso.
novela ‘‘Império’’ tem conseguido despertar o ódio de alguns internautas dessa região, já que a trama insiste em mostrar o nordestino que deixou a vida pobre do Nordeste e saiu para São Paulo em busca de conseguir melhores oportunidades, ou a empregada nordestina que serve aos milionários da trama.
O personagem de Alexandre Nero (Zé Alfredo), por exemplo, exalta o homem que deixou a pobreza do Nordeste e foi para São Paulo em busca de emprego. Uma cena, em que o Comendador discute com Enrico (Joaquim Lopes), foi bastante criticada. Na cena, Zé avisa: ‘‘Na minha terra, macho resolve as pelejas no braço’’. Veja alguns comentários dos internautas sobre a fala de Zé Alfredo:
‘‘Eu garanto que, aqui no Nordeste, macho não resolve as pelejas no braço’’.
‘‘Peleja? Oi? Nós, nordestinos, realmente não usamos esses termos’’.
Enganam-se quem pensa que essa foi a cena mais preconceituosa da novela! A personagem de Lília Cabral, que interpreta a poderosa Maria Marta, esposa do Comendador, também não deixou barato. Ela não só demonstrou-se ser xenofóbica, como agrediu a cultura do Nordeste.
Em uma cena, Orville Neto (Paulo Rocha) vai atrás do Comendador para presenteá-lo com um quadro de Salvador (Paulo Vilhena). Zé deixa a sala de reuniões, onde estavam Maria Marta, Maria Clara (Andréia Horta) e José Pedro (Caio Blat), e vai até sua sala atender o moço.
Marta reclama da ausência do marido e ‘‘reza’’ para que não seja uma obra nordestina. Ela até imagina o Comendador colecionando e trazendo do Nordeste aquelas obras do Lampião. Salientando que ela diz tudo isso em tom de desprezo e deboche.
Como se não bastasse, ela diz que, se fosse um quadro do Picasso, estaria tudo bem, mas que não queria obras nordestinas em sua mansão ou em sua empresa.
A justificativa da cena, que representou uma agressão a cultura nordestina, se deu pelo fato da personagem ser assim, com essas características preconceituosas. Mas os internautas reclamam pela cena incitar as pessoas a desrespeitarem a cultura regional.
Toda trama da Globo sempre tem a empregada nordestina, como se as pessoas dessa região servissem apenas para serem porteiros, zeladores e demais trabalhadores com baixa remuneração.
O ‘‘Caldeirão do Huck’’ também não escapa! O programa, quando precisa se deslocar ao Nordeste, nunca exibe os bairros de classe média e alta, que se encontram em maioria, e sim, as áreas mais pobres. A exibição da atração de hoje, sábado (13), também foi bastante criticada! Veja alguns comentários, retirados das redes sociais e vários outros sites:
‘‘A Globo se passa! o #caldeirao só exibe as favelas de Fortaleza’’.
‘‘Comassim?? ‘‘De origem muito humilde’’, senti clima de deboche do Nordeste. E aí, Luciano?’’.
O problema não são as críticas que o programa sofreu, e sim, os comentários maldosos que ele gerou:
‘‘Gentee, vamos levar morango pro nordeste! Kkkkkkk’’.
‘‘O menino nunca bebeu suco de morango kkkkkk, só podia ser nordestino’’.
O ‘‘Jornal Nacional’’ também é conhecido por destacar e só exibir a seca do Nordeste. Acho que nem precisamos falar do ‘‘Esquenta’’, que não só ofende os nordestinos, como ridiculariza as pessoas mais


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