Não é de hoje que a Globo é acusada de praticar xenofobismo contra a região Nordeste, porém, os comentários intensificaram-se, principalmente, com a exibição de ‘‘Império’’.
Os principais centros econômicos do Nordeste não só concentram vários endereços de luxo, e sim, uma ótima qualidade de vida. A fome e a pobreza, existente no passado, está se extinguido, porém, parece que a Globo ainda não enxergou isso.
O personagem de Alexandre Nero (Zé Alfredo), por exemplo, exalta o homem que deixou a pobreza do Nordeste e foi para São Paulo em busca de emprego . Uma cena, em que o Comendador discute com Enrico (Joaquim Lopes), foi bastante criticada. Na cena, Zé avisa: ‘‘Na minha terra, macho resolve as pelejas no braço’’. Veja alguns comentários dos internautas sobre a fala de Zé Alfredo:
‘‘Eu garanto que, aqui no Nordeste, macho não resolve as pelejas no braço’’.
‘‘Peleja? Oi? Nós, nordestinos, realmente não usamos esses termos’’.
Enganam-se quem pensa que essa foi a cena mais preconceituosa da novela! A personagem de Lília Cabral, que interpreta a poderosa Maria Marta, esposa do Comendador, também não deixou barato. Ela não só demonstrou-se ser xenofóbica, como agrediu a cultura do Nordeste.
Em uma cena, Orville Neto (Paulo Rocha) vai atrás do Comendador para presenteá-lo com um quadro de Salvador (Paulo Vilhena). Zé deixa a sala de reuniões, onde estavam Maria Marta, Maria Clara (Andréia Horta) e José Pedro (Caio Blat), e vai até sua sala atender o moço.
Marta reclama da ausência do marido e ‘‘reza’’ para que não seja uma obra nordestina. Ela até imagina o Comendador colecionando e trazendo do Nordeste aquelas obras do Lampião. Salientando que ela diz tudo isso em tom de desprezo e deboche.
Como se não bastasse, ela diz que, se fosse um quadro do Picasso, estaria tudo bem, mas que não queria obras nordestinas em sua mansão ou em sua empresa.
A justificativa da cena, que representou uma agressão a cultura nordestina, se deu pelo fato da personagem ser assim, com essas características preconceituosas. Mas os internautas reclamam pela cena incitar as pessoas a desrespeitarem a cultura regional.
Toda trama da Globo sempre tem a empregada nordestina, como se as pessoas dessa região servissem apenas para serem porteiros, zeladores e demais trabalhadores com baixa remuneração.
O ‘‘Caldeirão do Huck’’ também não escapa! O programa, quando precisa se deslocar ao Nordeste, nunca exibe os bairros de classe média e alta, que se encontram em maioria, e sim, as áreas mais pobres. A exibição da atração de hoje, sábado (13), também foi bastante criticada! Veja alguns comentários, retirados das redes sociais e vários outros sites:
‘‘A Globo se passa! o #caldeirao só exibe as favelas de Fortaleza’’.
‘‘Comassim?? ‘‘De origem muito humilde’’, senti clima de deboche do Nordeste. E aí, Luciano?’’.
O problema não são as críticas que o programa sofreu, e sim, os comentários maldosos que ele gerou:
‘‘Gentee, vamos levar morango pro nordeste! Kkkkkkk’’.
‘‘O menino nunca bebeu suco de morango kkkkkk, só podia ser nordestino’’.
O ‘‘Jornal Nacional’’ também é conhecido por destacar e só exibir a seca do Nordeste. Acho que nem precisamos falar do ‘‘Esquenta’’, que não só ofende os nordestinos, como ridiculariza as pessoas mais
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