segunda-feira, 2 de junho de 2014

Saiba tudo sobre o trabalho de Cristianne Fridman, autora de “Vitória”

Cristianne Fridman, autora da novela "Vitória"
Cristianne Fridman, autora da novela “Vitória”
Hoje é a estreia da novela “Vitória”, escrita por Cristianne Fridman. Para quem não sabe de quem se trata, vamos refrescar a sua memória e relembrar alguns trabalhos da autora, conhecida por escrever tramas completas, polêmicas e histórias que conseguem chamar a atenção de quem assiste pela primeira vez.
Em sua carreira televisiva, Fridman começou como co-autora da novela “Dona Anja”, no SBT, em 1997 e em 2001, foi para a Globo e colaborou com a temporada de “Malhação” daquele ano. Foi colaboradora também de “Coração de Estudante” (Globo/2002) e com “Essas Mulheres” (Record/2005).
Na Record, a autora teve a oportunidade de escrever, junto com Bosco Brasil, a novela “Bicho do Mato” (2006), que abordava o assunto de terras indígenas no estado do Mato Grosso. Em 2008, ela escreveu sua primeira novela, “Chamas da Vida”, que foi uma explosão de audiência e repercussão na emissora.
Incêndio tomou conta dos primeiros capítulos de "Chamas da Vida"
Incêndio tomou conta dos primeiros capítulos de “Chamas da Vida”
Dirigida por Edgard Miranda (Mesmo diretor de “Vitória”), a novela foi exibida às 21h45, e tinha um soldado-bombeiro como personagem principal. Além do corpo de bombeiros que faziam resgates, a novela contava com uma gangue que praticava pratica vandalismos como pichações, soltar balões e rachas.
Entre os núcleos polêmicos da trama, estava a história de um rapaz soropositivo, que sofria preconceito por parte de todos, inclusive era humilhado pela mãe de sua ex-namorada. Houve também casos de abuso sexual, pedofilia, vários incêndios e mortes, que impactava o telespectador e gerava muitas discussões.
André Di Mauro interpretava um pedófilo em "Chamas da Vida"
André Di Mauro interpretava um pedófilo em “Chamas da Vida”
A audiência da novela correspondia e conquistava ótimos índices para a Record, chegando a ser esticada pela emissora, totalizando dez meses de exibição, 253 capítulos de segunda a sábado. No Rio de Janeiro e em Fortaleza, o ibope do folhetim chegava a superar a Globo, então líder de audiência no país.
O capítulo em que o pedófilo Lipe (André Di Mauro) era perseguido pela polícia rendeu à novela sua melhor audiência em São Paulo. Das 22h29 até às 23h28, a trama conquistou 19 de média, com pico de 21 pontos e 31% de participação, um dos maiores recordes da história da teledramaturgia da emissora.
“Chamas da Vida” ainda rendeu indicações para o prêmio Contigo! de TV e no Troféu Imprensa, como melhor novela, melhor autora, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, melhor ator e melhor ator coadjuvante, categorias disputadas até então pelo elenco e novelas da Globo, na maioria das vezes.Três anos depois, em 2011, Cristianne Fridman voltou a escrever para a Record. A emissora produziu “Vidas em Jogo”, a última novela que rendeu ótima repercussão e boa audiência. Com um grande time no elenco, alguns vindos da Globo, a trama girava em torno de dez personagens que ganhavam na loteria.                                                                                                                                                                                                                                                        
Participantes do "Bolão da Amizade" em "Vidas em Jogo"
Participantes do “Bolão da Amizade” em “Vidas em Jogo”
A novela foi ao ar na faixa das 22h15, ambientada no Rio de Janeiro, e abordou as mudanças que o dinheiro causa na vida dessas pessoas. Na história, o grupo de vencedores participavam de um bolão, com um pacto, onde cada um deles só teria acesso à sua segunda parte do prêmio se alcançasse determinados objetivos.
Dando continuidade ao trabalho anterior, “Vidas em Jogo” também abordou temas bastante polêmicos e contava com personagens mal-caráter, que faziam de tudo para destruir o grupo do “bolão da amizade”. A grande vilã era a personagem de Beth Goulart, cuja filha era apaixonada pelo protagonista da história.
"Vidas em Jogo" contava com personagens usuários de crack
“Vidas em Jogo” contava com personagens usuários de crack
Entre os temas abordados, estavam a traição, obesidade, transexualidade, abuso sexual, trambiques, personagens que faziam uso de anabolizantes, drogas ilícitas, como o crack e personagens contaminados pelo HIV. Todos esses temas completavam a novela, gerando bastante repercussão nas ruas e na internet.
O último capítulo foi o mais aguardado da novela, onde a autora revelaria o assassino que matou alguns integrantes do bolão. Mas, para a surpresa de todos, não havia assassino, todos estavam se ajudando e se protegendo, para evitar que a vilã da história fizesse algum mal para roubar o prêmio que faltavam receber.
Neonazistas: Paulão (Marcos Pitombo), Priscila (Juliana Silveira) e Enzo (Raphael Montagner)
Neonazistas: Paulão (Marcos Pitombo), Priscila (Juliana Silveira) e Enzo (Raphael Montagner)
A audiência não foi diferente da anterior e marcou 12 pontos de média geral. No último capítulo, atingiu média de 18 pontos com picos de 20, superando a Globo no horário, recorde da emissora desde então. Com esse curriculum, não é demais esperar muito de “Vitória”, que tem estreia marcada para hoje.
Como já informado, sua nova novela continuará investindo no que deu certo anteriormente, mas dessa vez, abordará ainda o assédio sexual no trabalho, o trabalho infantil, violência doméstica, preconceito com as minorias, corrupção na polícia e vingança. A novela começa logo após o “Jornal da Record”.


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