Paulinho Vilhena cresceu, amadureceu, está com 35 anos e prefere não ser mais tratado no diminutivo. É isso que ele afirma ao jornal Extra, com um belo sorriso no rosto. 15 anos após sua estreia na TV, protagonizando o seriado “Sandy e Júnior” na Globo, ele agora encara o seu maior papel.
O ator interpreta o bandido Marco Aurélio Baroni, que é calculista e audacioso na série “A teia”, seriado policial que estreou ontem (28) na Globo. Na entrevista, ele afirma que seu grande personagem chegou no momento que estava pronto para recebê-lo, com apoio e estrutura ao seu redor.
Confirmado em “Amor à Vida”, onde interpretaria um personagem gay, o Niko, ele foi convocado pelo diretor Rogério Gomes, para uma reunião às pressas, no início do ano passado, onde foi apresentado para ele o projeto da “Teia” e perguntou se ele toparia protagonizar.
Rogério Gomes, mais conhecido como Papinha, solicitou à emissora que Vilhena entrasse para o seu time, pois a figura dele era adequada ao personagem. A primeira novela do Paulo, “Coração de estudante” (2002), foi com ele, que ficou surpreso com a sua evolução como ator.
Paulo conta que já estava com o personagem Niko na cabeça e que já até tinha conversado com o Marcello (Antony, o Eron da história). Virou tudo de ponta-cabeça e o ator Thiago Fragoso o substituiu. Ele agora quer deixar para trás a fase em que era mais lembrado por seus entreveros com os paparazzi do que pelo trabalho.
— Acho que cometi alguns erros, mas graças a Deus e a mim consegui reverter isso. Talvez eu estivesse tentando me proteger demais. Se eu tivesse me aberto um pouco, fosse mais leve nesse trato… Tenho sacado que às vezes é melhor chegar no sapatinho e trocar uma ideia, levar no sorriso, na brincadeira. Eu me tornei um cara melhor não só na minha profissão como também nas minhas relações pessoais.
Sobre o assunto do episódio em que cuspiu no então repórter do “CQC” Rafael Cortez, ao ser incitado a provar sua “macheza”, Paulo Vilhena declara: “Foi uma bela atitude? Não, não foi. Mas o que eu estava passando ali, o que eu estava sentindo, ninguém sabe. Pais e mães de família, fãs, gente que gosta de mim devem ter achado um grande vacilo. Para essas pessoas eu pedi e peço desculpa.”
Ele revela que não sabe o que esse fato atribuiu à sua imagem ou se perdeu papéis por causa disso, mas com tudo o que ele passou, sozinho, chegou até aqui. Nesse processo, a terapia ajudou, e ainda ajuda. Mas, principalmente, a família e os amigos foram fundamentais.
Mãe do ator, a empresária Marilena Vilhena, de 65 anos, conta que invasão de privacidade sempre foi um grande problema para o seu filho:
— Ele não entendia que à medida que se tornava uma pessoa pública, sua privacidade seria invadida. Dependendo da forma que você chegar nele, ele vai se defender. Até com a gente, da família! A gente cria os filhos para isso: ter responsabilidade, liberdade, personalidade. Às vezes é acima da média, né?
A atriz Fernanda Rodrigues, que tem Vilhena como padrinho de sua pequena Luísa, de 3 anos, declara: “Antigamente, Paulinho não sabia como lidar com algumas situações da profissão. Sua defesa era o ataque. Mas é uma das pessoas de melhor coração que eu conheço. É um amigo fiel. Ele e Luísa são apaixonados um pelo outro!”
Sobre a sua ex-esposa, a atriz Thaila Ayala, 27 anos, ele se refere à ela como “uma querida”. A atriz passou o último Natal com a família do ex-marido. “Brincamos, foi gostoso como sempre. Achei ótimo quando ele disse que continuaria respeitando a Thaila”, conta a sua mãe.
Vilhena não quis se prender ao papel no seriado que estreou, “Sandy e Junior”, mas não levou adiante: “Quando estava começando, vi muitos caras, como o Fabinho Assunção, incomodados com o estereótipo, tentando fazer outras coisas”.
“Em “Coração de estudante”, eu pedi permissão e usei dreadlocks. Em “A lua me disse” (2005), incorporei um palhaço como par romântico de Monique Alfradique”, disse ele, que não é vaidoso, só veste o que se sente bem e é“apenas cuidadoso”, como entrega a sua mãe.
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