terça-feira, 26 de maio de 2015

'Babilônia': Aderbal expulsa defunto gay da prefeitura de Jatobá e apanha L

Aderbal em "Babilônia"
Aderbal em "Babilônia" Foto: Reprodução
Babilônia” vai apresentar uma sequência que promete causar polêmica e muitos risos. Aderbal (Marcos Palmeira) vai dar um ataque no velório de um funcionário da prefeitura quando descobrir que ele era gay. A descoberta acontece logo depois do discurso de Aderbal: "Meus amigos, sua atenção. O Altíssimo chamou o nosso estimado irmão Antenor Ribeiro. Homem íntegro, respeitável, exemplo de integridade e virtude religiosa e cristã! Sua súbita ausência abre uma cratera em nossos corações. Vamos orar por ele, por sua sofrida esposa e adoráveis rebentos", diz Aderbal.

Um homem, que se chama Raul (ator ainda não escalado), surge aos prantos e abraça o prefeito agradecendo pelas palavras. ""Meus pêsames pelo seu irmão", fala Aderbal. Queiroz (Marcelo Laham) o corrige dizendo que o cara não é irmão do morto. "Seu tio? Seu primo? Seu cunhado?", pergunta o político. "Meu saudoso marido", fala Raul, para desespero de Aderbal, que dá um piti. "Por que ninguém me contou que o morto era pederasta? Invertido! Por que eu não sabia que o meu secretário de comunicação era maricas?", pergunta ele, alterado.
Dulce (Daisy Lucidi) e Queiroz dizem que só souberam quando foram buscar a viúva e descobriram que, na verdade, havia um viúvo. “Eu não vou velar um doente no salão da prefeitura”, diz Aderbal. Ofendido, o marido do morto parte para cima do político e, na briga, o defunto cai do caixão em cima do prefeito. “A ditadura gay tá agredindo o meu filho!”, grita Consuelo (Arlete Salles). “Eu tô sentindo o bafo da morte! Ele vai me arrastar pro inferno!”, fala Aderbal, que, irritado, manda retirar o morto e o viúvo do local . “Você vai pagar, seu homofóbico! Eu vou te processar!”, diz, indignado, o marido do morto.

Aderbal sai de lá irritado: "Se esse escândalo vaza pra imprensa, a ditadura gay vai me azucrinar!". Consuelo acalma o filho: "Graças ao Altíssimo, o repórter que tava no velório é da base aliada! Já falei com ele, falei com o editor do jornal, não vão publicar uma linha". Aderbal fala que vai ser difícil ficar calmo e que terá pesadelos durante uma semana. "Até mais, se o viúvo te processar", fala Queiroz. Consuelo se aborrece: "Viúvo... O baitola! Casamento é entre homem e mulher, o resto é degeneração". Maria José (Laila Garin) fala que não vai defender o pecado, mas que um erro não justifica o outro. "Você foi desrespeitoso num momento tão sofrido", fala ela.

Aderbal se defende: "Eu apenas exerci o meu direito de expressão! Isso não é uma democracia? Eu acho pederastia abominável, eu não posso mais dizer o que eu penso?". Consuelo debocha da nora: "Mania que a Maria José tem de ser politicamente correta... Que tédio!". Maria José diz que a sogra é insensível e Aderbal manda elas pararem de brigar. "Os tempos são outros, o eleitorado mudou, tem que ter jogo de cintura...", fala Queiroz. "Esses farfalhantes não votam no meu filho mesmo... É por isso que o nosso lado tem que crescer, aí a gente para de depender dessa corja liberal!", completa Consuelo. "Queiroz, eu quero a letra fria da lei. Eu prometi pensão pra viúva e pros filhos, certo? Mas se não tem viúva, muito menos filho, a prefeitura não tem que pagar um centavo!", quer saber Aderbal. Queiroz afirma que o funcionário não tinha contrato de união civil. "O boiola não tem direito a nada!", fala Consuelo. "É assim que tem que ser, numa sociedade cristã. Vamos deixar esses invertidos a pão e água!", completa o prefeito.

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