Na última quinta, 24, foi ao ar o 3º programa “Tá no Ar: A TV na TV”, criação de Marcelo Adnet e Marcius Melhem.
Contrário à outras produções do mesmo setor, a reação continua sendo a melhor possível: principalmente na internet.
O público elogia o formato, pois aparenta ser uma novidade na programação da Globo, que vive uma crise humorística desde o grande desgaste vivido nos programas de sucesso (como “Toma lá da Cá” e “A Turma do Didi).
Parece ser um grande exagero, mas não é. Nos tempos atuais em que “Pé na Cova” e “Divertics” invadiram a emissora dos Marinhos, “Tá no Ar” é diamante em meio a bijuterias.
Os elementos usados no humorístico são trocadilhos de comerciais famosos, referências à conteúdos próprios da Globo e o gracejo com emissoras concorrentes.
Genial!!
Há décadas que não se podia falar de emissoras vizinhas em um programa da Globo.
Quem se lembra das cortadas quando “sem querer” alguém comentava um artista da Record ou do SBT?
O Senso Comum Global foi violado: funcionou e deu resultado positivo.
Os mimos que preservavam eram imaturos.
Já havia esquecido que Silvio Santos foi abordado alguma vez na Globo, como aconteceu na estréia do programa. Parecia ser inédito.
E a mistura de Datena e Marcelo Rezende? “Foca em mim!”
Outra boa sacada foi guerrilheiro alienado difamando de forma irônica a Globo: inteligente e astuta a abordagem.
Enfim, é um bom programa.
Não é novidade, mas é uma conquista numa TV de regras extremamente rígidas.
Uma pergunta que fica no ar: “Até quando a Globo vai permitir a liberdade no humor?”
Vamos aproveitar esta mudança repentina de conceitos antes que a ordem disciplinar volte.
Afinal, a imaturidade ainda não acabou porque mesmo sendo gigante, a Globo tem muito à crescer… e crescer no sentido de ideias, porque capacidade de produção nunca faltou por lá.
Texto: Kérisso Moreira
As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não reflete a opinião do site TV Foco.
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