sábado, 28 de setembro de 2013

‘Pecado mortal’, da Record, estreia com bom ritmo e acabamento

Jussara Freire e Betty Lago em cena do primeiro capítulo de 'Pecado mortal' (Foto: Divulgação)JUSSARA FREIRE E BETTY LAGO EM CENA DO PRIMEIRO CAPÍTULO DE 'PECADO MORTAL' (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Estreia da Record, “Pecado mortal” reedita a dobradinha Carlos Lombardi e Alexandre Avancini. Na Globo, eles fizeram juntos, entre outras, “Uga uga” e “Quatro por quatro”. Na minissérie “O quinto dos infernos”, se especializaram nas muitas e muitas sequências de perseguições. O que se viu na nova empreitada esta semana fez lembrar trabalhos do passado. A sintonia da dupla continua fina, como se pode conferir nesses primeiros capítulos.
Autor experiente, Lombardi sabe que, antes de pegar velocidade, a trama precisa ser apresentada ao seu público. No caso da Record, que tem uma tradição de histórias na linha do popular-explicadinho, ele se adaptou. Criou um primeiro capítulo didático. Mas não abandonou a construção ambiciosa: fez uma história que atravessa décadas. Isso exige mais coerência e requinte de produção.
A trama começou nos anos 40, com um embate numa organização mafiosa. Como quase sempre nas novelas quando o sotaque é italiano, a coisa descamba para o portunhol, com palavras como “proteción”. Foi o que se viu na discussão dos personagens de Gracindo Júnior e Henrique Guimarães. Nada comprometedor. Gracindo é um dos trunfos do elenco, que tem outros. Só para citar alguns, Paloma Duarte, Simone Spoladore, Jussara Freire, Heitor Martinez, Bianca Byington, Juliana Didone e Betty Lago.
Vimos sequências bem dirigidas, como aquela em que Patrícia (Simone Spoladore) foi feita refém num presídio, e outra, em que um policial disfarçado consegue impedir um crime na rua. “Pecado mortal” também teve acabamento nos cenários e figurinos e luz correta. Tecnicamente fez bonito. Vamos ver o que vem.

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