PAULO GUSTAVO VOLTARÁ À TV EM 'VAI QUE COLA', NO MULTISHOW (FOTO: DIVULGAÇÃO)
O raciocínio rápido, a fala acelerada e a capacidade infinita de criar personagens — só para o “220 volts” foram mais de cem — explicam por que hiperativo é um epíteto tão natural para Paulo Gustavo. A característica, que o acompanha desde a infância e deu nome a uma de suas peças mais famosas, é também sua pior inimiga em tempos de gravação.
— As horas que passamos esperando para entrar em cena é o que me deixa louco na televisão — diz o ator, que voltará ao ar em “Vai que cola”, novo humorístico do Multishow. — Tenho muita dificuldade de ficar parado, quieto num canto. Então, enquanto aguardo, faço piadas e observo o pessoal da produção.
É assim que ele cria a maioria de seus tipos. Nos bastidores do HSBC Arena, onde encena a nova atração, ele já incorpora os trejeitos de uma produtora da sua equipe. Em breve, esse poderá ser um de seus personagens...
— De manhã ela tem um tom de voz, mas, à medida em que fica cansada, começa a falar diferente. É engraçadíssimo — conta o ator, que decora o texto minutos antes de entrar no palco e no estúdio.
No novo programa, grande aposta do canal para o ano, Paulo Gustavo será Valdomiro. Ex-morador do Leblon, ele se vê obrigado a se refugiar numa pensão da Zona Norte depois que o esquema fraudulento de que fazia parte é descoberto.
— Todos os sócios fogem do país. Valdomiro, o minoritário, só consegue pegar uma mala de dinheiro e tomar um táxi.
O ator também fica contente quando pode se dedicar exclusivamente a um personagem. Foi o caso em “Sítio do Picapau Amarelo” e “Divã”, ambos na Globo.
— É bom ter tempo para elaborar nuances, construir um tipo com mais calma. No “220 volts” é um esquema fast-food — compara.
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