RIO - Morreu na noite de sábado, por volta de 20h45min, a atriz Rosita Thomaz Lopes, de falência de múltiplos órgãos. Ela completaria 93 anos em junho, e estava em seu apartamento, em Ipanema, na companhia de dois de seus três filhos. O velório e o enterro acontecem no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
"Mamãe tinha boa saúde, manteve-se ativa mesmo depois de parar de trabalhar por causa da idade. Em 2004 ela quebrou o fêmur e a partir daí seus movimentos começaram a ficar debilitados. Há três meses ela passou a ficar limitada à cama", contou o filho, Antonio Lopes, durante o velório.
Carioca de nascimento (em 1920), Rosita passou boa parte da infância e da adolescência fora do Brasil, acompanhando o pai diplomata. Ela começou a atuar tarde, por volta dos 40 anos. A atriz teve longa carreira no teatro, no cinema e na televisão, mas, segundo seu filho, sua grande paixão era o palco. Ela começou a carreira ao lado de Maria Clara Machado e depois ingressou na companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA). "A paixão dela sempre foi o teatro. Trabalhar no palco junto com seus amigos, como Fernanda Montenegro e Renata Sorrah, era o maior dos seus prazeres", conta Antonio.
Rosita começou a carreira artística ainda de forma amadora com Maria Clara Machado até entrar para a companhia Tônia-Celi-Autran, criada em 1956, pelos atores Tônia Carrero, Adolfo Celi e Paulo Autran.
Trabalhou em diversas novelas, como "Brilhante", "Anjo mau", "Rainha da sucata" e "Pátria minha", em geral interpretando personagens ficas e elegantes. Em 1983, participou de "Guerra dos sexos", que ganhou nova versão este ano na TV Globo. O último folhetim que teve seu nome nos créditos foi "Força de um desejo", escrita por Gilberto Braga em 1999.
Rosita deixa três filhos, três netos e três bisnetos.
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