Se a cena for ao ar como está escrita e não haver cortes por parte da Globo, ela será tratada com muita naturalidade. As duas estarão em casa e conversarão sobre Beatriz (Glória Pires), filha de Estela. Em meio à uma conversa comum, as duas veteranas trocarão um carinho, seguido de um selinho, algo que surpreenderá a todos.
— Desculpa eu ter deixado você jantar sozinha, Teresa, mas a Beatriz pediu pra eu ir com ela a um restaurante…
— Eu recebi o recado, querida.
— Como foi o seu dia?
— Cheio, fiquei horas no Fórum, depois tive reuniões no escritório – responderá Teresa.
— Você já passou da idade de trabalhar tanto, meu amor!
— Eu amo advogar, quero morrer advogando. Você está com o pensamento longe, Estela!
— Eu acredito quando a Beatriz fala que não fez nada de errado no tal projeto, mas acho que mais uma vez ela tentou dar um passo maior que as pernas. Depois que ficou viúva, ela não soube administrar sozinha a empresa, eu temia que alguma coisa acontecesse -, explica Estela, se referindo à falência do escritório da filha em Portugal.
— Com sua filha, é bom a gente ficar de olhos bem abertos, sempre foi assim… Mas no momento, minha querida, não há nada que você possa fazer, além de dar o seu apoio, não é?
— Eu recebi o recado, querida.
— Como foi o seu dia?
— Cheio, fiquei horas no Fórum, depois tive reuniões no escritório – responderá Teresa.
— Você já passou da idade de trabalhar tanto, meu amor!
— Eu amo advogar, quero morrer advogando. Você está com o pensamento longe, Estela!
— Eu acredito quando a Beatriz fala que não fez nada de errado no tal projeto, mas acho que mais uma vez ela tentou dar um passo maior que as pernas. Depois que ficou viúva, ela não soube administrar sozinha a empresa, eu temia que alguma coisa acontecesse -, explica Estela, se referindo à falência do escritório da filha em Portugal.
— Com sua filha, é bom a gente ficar de olhos bem abertos, sempre foi assim… Mas no momento, minha querida, não há nada que você possa fazer, além de dar o seu apoio, não é?
— O ano letivo está só começando, é uma turma nova. O Rafael disse pra alguns colegas que tem duas mães. Eu não tenho nada contra…
— Mas? – perguntará Teresa.
— É que alguns pais de alunos ficaram incomodados. Se ele dissesse “mãe e tia”, não ia ser tão difícil explicar.
— A mãe do Rafael era filha da minha companheira. Morreu pouco depois que ele nasceu. O pai optou por não estar presente na vida do filho. Legalmente, a senhora está certa. A Estela é avó e tem a guarda legal. Eu sou uma “tia”. Concordo que algumas leis têm que se adaptar à realidade. Apesar da minha idade, eu peguei ele no colo, dei mamadeira, acalentei em noites de febre, li pra ele dormir, dei amor e educação. Ele me chama de mãe com naturalidade, isso nunca foi imposto.
— Se chamasse a senhora de tia, seria mais fácil pra ele viver em sociedade -, opinará a professora.
— A senhora quer que eu chegue pro meu filho, o menino que eu criei, e peça pra ele não me chamar de mãe? Quer que ele sinta vergonha do amor maternal, o mais forte que existe? E acha que isso é o mais fácil? A sociedade volta e meia quer mudar ou esconder pessoas como eu, mas nunca conseguiu. Nós já estamos em 2005. E eu tenho certeza de que pessoas como a Estela e eu é que ainda vamos mudar a sociedade -, afirmará Teresa.
— Mas? – perguntará Teresa.
— É que alguns pais de alunos ficaram incomodados. Se ele dissesse “mãe e tia”, não ia ser tão difícil explicar.
— A mãe do Rafael era filha da minha companheira. Morreu pouco depois que ele nasceu. O pai optou por não estar presente na vida do filho. Legalmente, a senhora está certa. A Estela é avó e tem a guarda legal. Eu sou uma “tia”. Concordo que algumas leis têm que se adaptar à realidade. Apesar da minha idade, eu peguei ele no colo, dei mamadeira, acalentei em noites de febre, li pra ele dormir, dei amor e educação. Ele me chama de mãe com naturalidade, isso nunca foi imposto.
— Se chamasse a senhora de tia, seria mais fácil pra ele viver em sociedade -, opinará a professora.
— A senhora quer que eu chegue pro meu filho, o menino que eu criei, e peça pra ele não me chamar de mãe? Quer que ele sinta vergonha do amor maternal, o mais forte que existe? E acha que isso é o mais fácil? A sociedade volta e meia quer mudar ou esconder pessoas como eu, mas nunca conseguiu. Nós já estamos em 2005. E eu tenho certeza de que pessoas como a Estela e eu é que ainda vamos mudar a sociedade -, afirmará Teresa.
A estreia está prevista para março, substituindo “Império”.
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