FERNANDA KEULLA E PEDRO BIAL APÓS O ANÚNCIA DA VITÓRIA (FOTO: DIVULGAÇÃO/TV GLOBO)
Vencedora do “Big Brother” 13, Fernanda Keulla Vilaça tem 26 anos, é advogada e de personalidade querelante. Levou o prêmio com 62,79% dos votos, o que não foi pouco. Essa foi a quarta edição ganha por uma mulher. Segundo os especialistas, isso acontece porque as espectadoras votam em peso contra as calipígias participantes: não perdoam a gostosura.
A loura Fernanda se encaixa no modelo potencialmente erótico requerido pelo público que assiste ao programa. Por que, então, chegou à final? Seria pelo vocabulário um pouco mais rico que o de seus pares, o que permitia que ela compreendesse (e traduzisse para o resto da casa) palavras como “entrementes”, ditas por Pedro Bial como uma espécie de quiz? Não. Mais provável que um motivo tenha sido a rejeição que sofreu por parte do rapaz por quem se apaixonou (?), André. Ou ainda, talvez, porque se deixou maltratar por ele, mesmo que não de forma tão humilhante como fez Maria Melilo, outra vencedora do programa que sofreu o pão que o diabo amassou com os rapazes. A aparente falta de autoestima dessas moças pode amolecer o coração das implacáveis votantes. Elas se diminuem diante de seus objetivos românticos e crescem aos olhos do espectador, deixando de parecer ameaçadoras. Ou seja: precisam ser derrotadas no amor para merecer o dinheiro.
Num papo com uma assídua espectadora adolescente, comentei que Fernanda era chata, adorava discutir tudo. Em resposta, ouvi: “Eu não acho, também sou assim, adoro uma ‘D.R.’”. A chave de tudo pode estar também aí. Fernanda criou um laço de empatia com o público jovem — que é a massa ligada no reality — por estar, como ele, em discussão com o mundo. E, se há um programa que consegue tocar aquele espectador que fugiu para a internet, ele é o “Big Brother”
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