REGINALDO FARIA: ELE ESTREOU NA TV JUNTO COM A GLOBO (FOTO: FELIPE HANOWER)
Convidado para a próxima trama das 19h da Globo — escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm —, Reginaldo Faria esteve também no elenco da primeira novela da emissora, “Ilusões perdidas”. A história, de Ana Petri com direção de Líbero Miguel e Sérgio Britto, marcou sua estreia na TV em 26 de abril de 1965. Nesse período, o ator de 77 anos atuou em mais de 40 produções e colecionou personagens inesquecíveis: do vilão Marco Aurélio, que foge do Brasil e manda uma banana para o país na sua última cena de “Vale tudo” (1988), ao costureiro Jacques Léclair, da primeira versão de “Ti-ti-ti” (1985).
— Não dá para eleger um papel que tenha sido o mais especial. Fui reconhecido em vários países pelo trabalho que fiz na Globo. Uma vez, nos Estados Unidos, quando o funcionário da imigração checou meu passaporte, me chamou de Leônidas Ferraz — conta ele, referindo-se a seu personagem na novela “O clone” (2001).
Reginaldo testemunhou as mudanças que ocorreram na produção das novelas brasileiras:
— Não havia a técnica que temos hoje. Era tudo experimental. A tecnologia trouxe rapidez. A linguagem foi ganhando um ritmo mais acelerado e, às vezes, o ator antigo estranha um pouco isso.
Mas ele, que participou da primeira fase de “Império” como Sebastião, não pensa em parar tão cedo:
— Gosto de trabalhar. Graças à maturidade e ao conhecimento, me tornei uma ferramenta capaz de fazer tipos cada vez mais diversos. Claro que a idade traz limitações. Não posso, por exemplo, interpretar um atleta — brinca ele, prestes a encarar o bon vivant Maurice, o pai de Fábio Assunção às 19h.
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